quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Apartheid - Dados

Dados do Israel Democracy Institute
83% dos judeus-israelenses acreditam que a noção de um Estado Judeu deve se sobrepor à idéia de Democracia; a absoluta maioria acredita que apenas judeus deveriam tomar decisões cruciais do Estado; a maioria apóia que mais recursos sejam alocados para judeus ao invés de para árabes; um terço dos judeus são favoráveis à idéia de colocar os árabes em "campos de detenção" em períodos de guerra e dois terços acreditam que os árabes não deveriam se tornar ministros de Estado.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Israel inicia construção de barreira na fronteira com Egito

22/11/2010 - 12h48

GUILA FLINT

DA BBC BRASIL, EM TEL AVIV


O governo israelense inicia nesta segunda-feira a construção de uma barreira de 240 quilômetros na fronteira com o Egito para impedir a entrada de refugiados e imigrantes ilegais africanos.

Dezenas de tratores deverão começar os trabalhos de terraplenagem na fronteira entre Israel e o Deserto do Sinai para possibilitar a construção da barreira.

A barreira, que deverá custar US$ 360 milhões (cerca de R$ 640 milhões), inclui uma cerca elétrica e sistemas avançados de monitoramento de fronteira, como sensores e câmeras de vídeo.

O objetivo do governo israelense é impedir que refugiados de países africanos em conflito, especialmente do Sudão e da Eritreia, entrem no país. De acordo com a imprensa local, milhares de africanos entram no território israelense a cada mês e parte deles pede asilo político.

O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou que o país está sofrendo uma "inundação" de imigrantes ilegais que vêm da África pelo Sinai e declarou que a construção da barreira é "obrigação e responsabilidade do governo, para defender o Estado de Israel".

O governo israelense tomou a decisão de construir a barreira em março e instruiu o Ministério da Defesa a executar o projeto. De acordo com as estimativas do Ministério da Defesa, o projeto deverá ser concluído dentro de dois anos.

REFUGIADOS

Segundo as avaliações do governo israelense, dezenas de milhares de africanos já se encontram no país.

Os imigrantes africanos se concentram principalmente nas cidades de Tel Aviv, que é o principal centro econômico de Israel, e Eilat, que fica no sul, perto da fronteira com o Egito.

Diferentemente dos imigrantes ilegais, os refugiados podiam trabalhar em Israel, mas na semana passada o Ministério do Interior passou a incluir uma cláusula nos seus vistos, proibindo-os de trabalhar no país.

De acordo com ONGs de defesa dos direitos humanos, nos últimos dias muitos refugiados perderam seus trabalhos, pois os empregadores temem as altas multas que poderão pagar após a proibição.

O Centro de Apoio aos Trabalhadores Estrangeiros enviou uma carta de protesto a Yossi Edelstein, diretor do departamento de Imigração. Na mensagem o centro diz temer que "o Ministério do Interior tenha resolvido usar a fome para conter o aumento do número de pessoas que pedem asilo... Trata-se de uma cláusula nova que foi introduzida (nos vistos) sem aviso prévio".

A ONG Anistia Internacional disse que a proibição de trabalho para os refugiados "gerou uma ampla onda de demissões por empregadores israelenses que não querem violar a lei".

"É claro que essa decisão significa a negação de fontes de sustento de milhares de pessoas e pode causar uma crise humana sem precedentes nas ruas de Tel Aviv e Eilat", acrescentou a ONG.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um terço dos judeus israelenses acredita que árabes não deveriam votar

15/10/2010 - 09h48


DA EFE, EM JERUSALÉM


Cerca de 36% dos judeus israelenses pensam que os cidadãos não judeus do país (em sua maioria árabes, que representam 20% da população) não deveriam ter direito a voto, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo jornal "Yedioth Ahronoth".

O estudo indica que apenas 3% da população judaica se define como fascista e 10% como "nacionalista", enquanto 80% asseguram se identificar com os valores democráticos.

Apesar disso, 36% estão de acordo em que o direito de voto se restrinja por razões étnicas ou religiosas e que se impeça a quem não seja judeu de ir às urnas.

Entre os ultra-ortodoxos judeus, a percentagem de quem tiraria dos árabes o direito a voto chega a 68%, enquanto entre os israelenses seculares diminui para 25%.

Quanto a outros valores democráticos, mais da metade dos participantes da enquete, 55%, consideram justificado limitar a liberdade de expressão, apesar de esta não colocar em risco a segurança do estado.

Para 56% dos indagados, o ministro de Exteriores, o ultradireitista Avigdor Lieberman, é culpado pela ascensão do extremismo nacionalista e do fascismo em Israel.



Fonte: Folha - http://www1.folha.uol.com.br/mundo/814989-um-terco-dos-judeus-israelenses-acredita-que-arabes-nao-deveriam-votar.shtml




Nota: Não é a primeira vez que a entidade sionista abandona suas próprias mentiras de ser a "única democracia do Oriente Médio". Em 12/01/2009, o Parlamento Israelense baniu a participação dos partidos árabe-israelenses nas eleições, decisão que só foi revista posteriormente, pela Suprema Corte de Israel.

Fonte: http://www.haaretz.com/news/israel-bans-arab-parties-from-running-in-upcoming-elections-1.267987

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Assentamentos/Colonos [de judeus-sionistas] recebem mais recursos que outros israelenses"

"Assentamentos/Colonos [de judeus-sionistas] recebem mais recursos que outros israelenses".

O Ministério do Interior alocou 265 milhões de shekels israelenses em fundos na Cisjordânia em 2009, o que representa 10% de todos os recursos distribuídos no ano.

As cidades, ilegais de acordo com o Direito Internacional por serem construídas em território palestino ocupado, que se situam em regiões fronteiriças com o Líbano e Gaza recebem, automaticamente, 4% a mais em fundos públicos.

É uma demonstração clara de que a entidade governamental sionista apóia e sustenta financeiramente a invasão de terras árabes, a expansão e a manutenção desses assentamentos ilegais de judeus-sionistas.

Fonte: Haaretz - http://www.haaretz.com/print-edition/news/settlers-receive-22-more-budget-grants-than-other-israelis-probe-shows-1.313657

14.09.10

Settlers receive 22% more budget grants than other Israelis, probe shows

By Chaim Levinson

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ONU: Israel está impedindo o acesso de palestinos às terras cultiváveis e zonas de pesca




19.08.10
UN report: IDF barring Gazans' access to farms, fishing zones

Humanitarian affairs office: Israel restricts entry to 17% of Gaza lands, 85% of beachfront zone, enforces restrictions with live fire.

By Akiva Eldar

(...)
OCHA estimated some $308 million in losses as a direct result of the Israeli restrictions. (...) The same was true for Gaza fishermen, who have lost an estimated $26.5 million over the last five years. (...)
Other effects of the restrictions include the deterioration in the quality of food consumed by Gazans, gradual changes in diet (from fresh produce and meat to carbohydrate-rich cheap items), decrease in school attendance and a decrease in the age of marriage for girls, the report maintained. (...)

Source: Haaretz - http://www.haaretz.com/news/diplomacy-defense/un-report-idf-barring-gazans-access-to-farms-fishing-zones-1.309022



Relatório da ONU: Forças de Ocupação de Israel estão impedindo o acesso de palestinos às fazendas e zonas de pesca


Departamento de Assuntos Humanitários: Israel restringiu o acesso à 17% das terras de Gaza; 85% da zona costeira; as medidas restritivas são implementadas com munição letal.

Por Akiva Eldar (Tradução do Blog)

(...) O Departamento para Assuntos Humanitários da ONU estima em 308 milhões de dólares de perdas como resultado direto das restrições israelenses. (...) O mesmo é aplicável para os pescadores de Gaza que tiveram perdas estimadas em 26.5 milhões nos últimos cinco anos. (...)

Outros efeitos das restrições incluem a deterioração da qualidade dos alimentos consumidos pela população de Gaza, alterações graduais na dieta (de produtos frescos e carnes para alimentos sem qualidade e ricos em carboidratos), redução na frequência escolar e redução na idade de casamentos para as garotas. (...)

Fonte: Haaretz.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Menores são mantidos presos por 3 semanas


18.08.10

Menores são mantidos presos por 3 semanas por suspeita de envolvimento com incêndio criminoso.

"Palestinian minors suspected of perpetrating even minor crimes against settlers are subject to extreme pressure during detention and interrogation in an effort to extract a confession, the Palestinian branch of Defense for Children International claims."


Menores palestinos suspeitos de terem cometido mesmo ofensas menores contra os colonos são submetidos à extrema pressão durante a detenção e interrogatório na tentativa de extração de uma confissão, afirmou o setor palestino da ong "Defesa Internacional para Crianças".

No caso noticiado, dois garotos de 16 anos foram presos em suas casas após um incêndio em um campo próximo à Nablus, situado no assentamento contruído em território palestino ocupado criminosamente por Israel. Após a prisão, eles foram algemados e vendados.

Eles foram mantidos encarcerados por três semanas, incluindo dez dias no Shin Bet, o serviço secreto israelense. Desses dez dias, seis foram em total isolamento, em celas sem janelas e com uma luz permanentemente acesa, objetivando a privação do sono.

Por duas outras semanas, a alimentação era insuficiente e só lhes era permitido 30 minutos diários fora da cela.

No interrogatório, eles foram ameaçados de serem torturados com choques elétricos e de serem indiciados por porte ilegal de arma de fogo e por atirarem pedras contra colonos (ameaças que, por si só, caracterizam tortura).

No dia primeira de julho (2010), ambos foram soltos sem nenhuma acusação ou indiciamento.

Fonte: http://www.haaretz.com/print-edition/news/palestinian-minors-held-3-weeks-on-suspicion-of-arson-1.308657

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pescando em Gaza

http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DLPf0EfNjB2k&h=3fb3d


de Fida Qishta.

Liberdade de Imprensa

A FPZ (Associação de Imprensa Estrangeira em Israel) denunciou neste sábado repetidos ataques e maus tratos das forças de segurança israelenses aos jornalistas que cobrem notícias no território palestino ocupado da Cisjordânia.

"Nos últimos meses, os jornalistas que cobrem tais eventos foram assediados, detidos e atacados pelas forças que estavam no lugar antes que estas prestassem atenção aos ativistas e manifestantes" assegura a associação em comunicado.

Na nota, a FPA "protesta firmemente" contra o que entende que parece ser "uma mudança de política por parte da Polícia de Fronteira (israelense) e as Forças de Defesa de Israel, a respeito da cobertura legítima de notícias" nesse território palestino, onde semanalmente acontecem manifestações contra a ocupação israelense que são cobertas por meios de comunicação de todo o mundo.

A FPA pede na nota às autoridades israelenses que "lembrem às forças envolvidas que a cobertura de notícias livre de obstáculos é amplamente reconhecida como parte da essência da democracia".

"Em geral, isto não inclui golpear com um pau a cara de um fotógrafo claramente identificado que está trabalhando para uma empresa de notícias conhecida, credenciada ou lançar uma granada de efeito moral contra a cabeça de um fotógrafo claramente identificado, ou deter a câmaras, fotógrafos e jornalistas", ironiza o texto.

A FPA é uma associação sem fins lucrativos que representa cerca de 400 jornalistas que trabalham em Israel e nos territórios palestinos para jornais, rádios, televisões, revistas e agências de notícias estrangeiras.



terça-feira, 6 de julho de 2010

Governo terrorista-sionista rouba 7 máquinas de oxigênio doadas ao Governo Palestino

Israel "confiscou" sete máquinas de oxigênio sob a alegação de que poderiam ser utilizadas para "propósitos não-médicos", colocando em risco a segurança de Israel.

Os aparelhos de uso médicos foram doados pela Agência Norueguesa de Desenvolvimento para a Autoridade Palestina. Seis dessas máquinas seriam destinadas para a Cisjordânia e uma para Gaza.

Esse ato desumano soma-se as demais proibições de produtos para Gaza: batata, chocolate, brinquedos, suco de laranja, frutas frescas, sapatos para crianças, papel, lápis e leite em pó.

A paranóia sadista de Israel não tem limites. Esta proibição reflete o comportamento patológico e auto-destrutivo da organização sionista.

O chamado ao boicote aos produtos israelenses se faz urgente: Nenhum dinheiro para o regime de apartheid sionista!

sábado, 12 de junho de 2010

The New Pirates: Reflections on the Unjustifiable Attack on the "Freedom Flotilla"

The New Pirates: Reflections on the Unjustifiable Attack on the "Freedom Flotilla"

http://english.pravda.ru/opinion/columnists/10-06-2010/113755-new_pirates_attack_on_freedom_f-0

St. Augustine tells the story of a pirate captured by Alexander the Great, who asked, "How dare you molest the sea?" "And how dare you defy the whole world?," replied the pirate. "For to do so with only one small ship, I am called a thief, but you, that makes in the oceans, is called the emperor." - Chomsky, 2006

From a thief to a nobleman: This is our difference, O best of princes: I conquer some coins, you steal the provinces - Victor Hugo, French writer.

How is it possible to understand the Israeli policies of ethnic-religious segregation without alluding to the hideous system of apartheid in South Africa? How to characterize the systematic discrimination against the minority Palestinians in the Arab-Israeli conflict if not as segregationism?

How to ignore the parallel between the process of territorial expropriation of the colonial era, which occurred in Latin America and Africa, and the expulsion of the Palestinian people? How to define the long and brutal Israeli siege on Gaza - preventing the entry of food, medicines and materials for reconstruction - but to transform the region into a ghetto?

And what was the attack on the ghetto of Gaza (December 2008/January 2009) if not a pogrom? How do they justify indiscriminate attacks on the Palestinian civilian population, but imbuing themselves with a pretence civilisatrice mission that, simultaneously, supports the war crime of the Israeli F-16 whilst blames the civilians to their own deaths?

How are six decades of military occupation and colonialism acceptable? How to ignore the interaction of these above stated chapters of the Palestinian drama and not figure out a pattern of repeated crimes against humanity?

The siege of Gaza, imposed since 2007, is criminal. Israel has been blocking the entry of food, medicines and commodities, fuel and electricity for three years which clearly violates the principle of distinction between civilians and combatants. The measure results in a grotesque spectacle: the entire population is forced to watch the hunger, poverty and death of their loved ones.

It should be noted that the people of Gaza are imprisoned and cannot leave the place. They have been left trapped in a total war zone, forced to accept collective suffering and imposed by the occupying power.

Preventing the delivery of humanitarian aid is not an exercise of Israeli sovereignty - is a show of aggression without ethical boundaries. It demonstrates that Israel has chosen confrontation and violence, even against civilians and international observers.

Attacking ships - whether they are carrying humanitarian aid or not - is piracy. Killing people is murder. Doing it in an attempt to discourage international support for the Palestinian cause is state terrorism.

References: Chomsky, Noam. Pirates and Emperors, Old and Modern. - Rio de Janeiro: Bertrand Brazil, 2006.

Vinicius Valentin Raduan Miguel is a social scientist (Universidade Federal de Rondônia) and Master of Human Rights and International Politics "(University of Glasgow).

Translated from the Portuguese version by Lisa KARPOVA - PRAVDA.Ru / Reviewed by the Apartheid in Palestine Blog

Sindicatos noruegueses devem bloquear navios israelenses durante 2 semanas

Qui, 10 Jun, 11h13

Copenhague, 10 jun (EFE).- O Sindicato de Transportadoras e o Sindicato de Trabalhadores Portuários da Noruega anunciaram hoje um bloqueio conjunto de duas semanas a barcos israelenses em protesto pelo ataque à frota de navios com ajuda humanitária que se dirigia a Gaza.

Os estivadores noruegueses não descarregarão navios procedentes de Israel, nem carregarão mercadorias com destino a este país, além de não permitir que nenhum navio registrado em Israel seja carregado ou descarregado nos portos noruegueses a partir do dia 15 de junho.

O Sindicato de Trabalhadores Portuários Suecos já tinha anunciado uma medida similar dias antes, que também entrará em vigor no dia 15 e durará duas semanas.

"Devemos protestar quando forças militares israelenses atacam um comboio pacífico com destino a Gaza, isso exige ações contundentes. Nunca aceitaremos ataques em águas internacionais que custem vidas humanas e grandes danos e que estejam em conflito com a Convenção de Genebra", afirmou Terje Samuelsen, dirigente do sindicato de trabalhadores portuários norueguês.

A central de transportadoras convidou, além disso, a um boicote geral a produtos e mercadorias israelenses e pediu a todos os sindicatos que pressionem o Governo norueguês para que o fundo estatal que investe os lucros do petróleo se desfaça de suas participações em companhias que estão ou têm interesses em Israel.

No dia 31 de maio, as tropas israelenses mataram nove ativistas que viajavam na frota humanitária com destino a Gaza. EFE

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mesquita é vandalizada por judeus-israelenses

10.junho.2010

A mesquita da cidade árabe-palestina Ivteen foi vandalizada.
Nos muros do templo de Omat Ben-Hativ estavam pichados "estrelas de Davi" e inscrições ofensivas como "Haverá guerra pela Judéia e Samaria" (como os israelenses se referem à Cisjordânia e à Gaza).

Quatro judeus-israelenses de dezoito anos foram detidos, após as investigações. Todos são estudantes em uma escola judaica em Kfar Hasidim.

Fonte: Jerusalém Post

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Israel é um Estado Lunático" - Norman Finkelstein

http://www.youtube.com/watch?v=eB_CKL5h2_8

Os novos corsários...

Os novos corsários: reflexões sobre o injustificável ataque à “Frota da Liberdade”


Vinicius Valentin Raduan Miguel *

Santo Agostinho conta a história de um pirata capturado por Alexandre, o Grande, que lhe perguntou: “Como você ousa molestar o mar?”. “E como você ousa desafiar o mundo inteiro?”, replicou o pirata. “Pois, por fazer isso apenas com um pequeno navio, sou chamado de ladrão; mas você, que o faz com uma marinha enorme, é chamado de imperador." - Chomsky, 2006

De um ladrão para um nobre: Tal é nossa diferença, ó melhor dos príncipes: Eu conquisto algumas moedas; tu roubas as províncias - Victor Hugo, escritor francês.

De que forma é possível compreender as políticas israelenses de segregação étnico-religiosa sem fazer alusão ao hediondo sistema de apartheid sul-africano? Como caracterizar a discriminação sistemática contra a minoria palestina e árabe-israelense, senão como segregacionismo?

Como não traçar um paralelo entre o processo de expropriação territorial da era colonial, ocorrida na América Latina e na África, e a expulsão do povo palestino? Como definir o longo e brutal cerco israelense à Gaza – impedindo a entrada de alimentos, medicamentos e de material para a reconstrução – senão a transformação da região em um ghetto?

E o que foi o ataque ao ghetto de Gaza (dezembro de 2008/janeiro de 2009) senão um pogrom? Como justificar os ataques indiscriminados à população civil palestina, senão imbuindo-se de uma pretensa mission civilisatrice que, simultaneamente, abona o crime de guerra dos caças F-16 israelenses e inculpa, de forma totalizante, os civis mortos em terra pela própria morte?

Como aceitar seis décadas de ocupação militar e colonialismo? Como ignorar o entrelaçamento desses sobrerreferidos capítulos do drama palestino e não perceber um quadro de iterados crimes contra a humanidade?

O cerco à Gaza, imposto desde 2007, é criminoso. Obstruir a entrada de alimentos, medicamentos e mercadorias, combustível e eletricidade por três anos viola o princípio da distinção entre civis e combatentes. A medida provoca um espetáculo grotesco: a população inteira é obrigada a assistir a fome, a pobreza e a morte dos seus entes queridos.

Registre-se que o povo de Gaza está encarcerado, não podendo sair do local. Resta-lhes, confinados em uma zona de guerra total, aceitar o sofrimento coletivo cominado pela potência ocupante.

Impedir a chegada de ajuda humanitária não é um exercício da soberania israelense – é uma mostra da agressividade sem lindes éticos. Denota a opção de Israel pelo confronto e pela violência, ainda que contra civis e observadores internacionais.

Atacar navios – estejam eles levando ajuda humanitária ou não - é pirataria. Matar pessoas é assassinato. Fazê-lo na tentativa de desencorajar o apoio internacional à causa palestina é terrorismo de Estado.

Referências

CHOMSKY, Noam. Piratas e Imperadores, Antigos e Modernos. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

* Vinicius Valentin Raduan Miguel é cientista social (Universidade Federal de Rondônia) e mestre em “Direitos Humanos e Política Internacional” (Universidade de Glasgow).


Republicação de:

http://www.socialismo.org.br/portal/internacional/38-artigo/1551-os-novos-corsarios-reflexoes-sobre-o-injustificavel-ataque-a-qfrota-da-liberdadeq

http://www.ecodebate.com.br/2010/06/02/os-novos-corsarios-reflexoes-sobre-o-injustificavel-ataque-a-frota-da-liberdade-artigo-de-vinicius-valentin-raduan-miguel/

http://alainet.org/active/38553

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Israeli headlines

"What's to Investigate?"; "Israel's actions were entirely lawful" and "Next time we'll use more force" are some of Israeli headlines... Are they entirely crazy?

"O que investigar?"; "As ações israelenses foram inteiramente legais" e "Da próxima vez nós usaremos mais força" são algumas das manchetes israelenses... Estão eles loucos?

Read more / Leia mais:



segunda-feira, 31 de maio de 2010

Noam Chomsky também é impedido de entrar em Israel/Palestina


O lingüista e professor judeu-estadunidense Noam Chomsky teve entrada negada na Cisjordânia este mês. Ele iria dar uma palestra na Universidade palestina de Bir Zeit.

Outras personalidades como o Relator da ONU (e também judeu-estadunidense) Richard Falk foi impedido de entrar em Israel, o cientista político (judeu-estadunidense) Norman Finkelstein e o juiz e relator da ONU Richard Goldstone.

Veja mais http://apartheidnapalestina.blogspot.com/2010/04/richard-goldstone-sera-banido-de.html


Fonte:



sexta-feira, 28 de maio de 2010

Documentos revelam que Israel possui armas nucleares, diz 'The Guardian'


Segundo jornal britânico, país ofereceu armamentos para a África do Sul em 1975



estadão.com.br

SÃO PAULO- Documentos secretos sul-africanos revelam que Israel ofereceu a venda de armas nucleares para o regime do apartheid, segundo o jornal britânico The Guardian. Esta é a primeira prova oficial de que o Estado judeu possui armas nucleares.

Veja também:

especialEspecial: Os últimos eventos da crise nuclear

As ultra-secretas atas de reuniões entre oficiais dos dois países em 1975 evidenciam que o então ministro de Defesa da África do Sul, PW Botha, solicitou as armas, e Shimon Peres, então colega de Botha e atual presidente israelense, respondeu com uma oferta de armas "em três tamanhos". Os dois também assinaram um acordo militar que deveria permanecer secreto.

Os documentos, descobertos por um acadêmico americano, Sasha Polakow-Suransky, em uma pesquisa para um livro sobre a relação entre os dois países, são a primeira evidência de que Israel têm armas nucleares, apesar de sua política de "ambiguidade", que não confirma, nem nega a possessão de tais artefatos.

As revelações serão embaraçosas para o governo de Israel, particularmente nesta semana em que discussões sobre não proliferação nuclear em Nova York irão focar no Oriente Médio.

Elas também desacreditam Israel, que até então afirmava que, se realmente possuísse tais armamentos, não iria usá-los erroneamente, enquanto países como Irã não seriam confiáveis.

Segundo os documentos sul-africanos, o país queria armas nucleares para possíveis ataques a nações vizinhas.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,documentos-revelam-que-israel-possui-armas-nucleares-diz-the-guardian,555664,0.htm


Mais (em inglês): http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/04/28/AR2006042801326.html

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Richard Goldstone será banido de cerimônia de neto


O magistrado sul-africano Richard Goldstone não poderá participar da cerimônia de Bar Mitzvá de seu neto.

Goldstone, que é judeu, foi o responsável pela elaboração do relatório de investigações de crimes de guerra ocoridos na última guerra de Israel contra Gaza.

A Federação Sionista Sul-Africana declarou que não irá permitir a presença dele no evento.
A cerimônia religiosa judaica, realizada aos 13 anos para os meninos e aos 12 para as meninas, marca a "maioridade" do judeu diante dos compromissos de sua comunidade, passando a ser responsável por seus atos.

Histórico

Não é a primeira que retaliações deste tipo ocorrem contra judeus.

Em 2007, Ilan Pappé, um historiador judeu-israelense, foi obrigado a deixar Israel. Após emprestar solidariedade aos palestinos e declarar apoio às medidas de boicote à mercadorias israelenses por suas políticas de apartheid, ele passou a ser ameaçado diariamente, o que motivou sua saída do país.

Norman Finkelstein, proeminente cientista político judeu-estadunidense e filho de sobreviventes do Holocausto, foi detido por vinte e quatro horas e posteriormente banido de Israel por dez anos, em maio de 2008. A motivação foram os livros com críticas à Israel. (Mais informações: http://www.guardian.co.uk/world/2008/may/26/israelandthepalestinians.usa )

Em dezembro de 2008, Richard Falk, professor de Direito Internacional judeu-estadunidense e, à época, Relator da Organização das Nações Unidas (ONU), no exercício de seu mandato foi detido por quinze horas em Israel. (Seu relato pode ser lido aqui: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2008/dec/19/israel-palestinian-territories-united-nations )

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ordem militar israelense permitirá deportar todo palestino da Cisjordânia

11/04/2010 - 07h52


da Efe, em Jerusalém

Uma nova ordem militar de Israel permitirá capturar ou deportar todo palestino residente no território ocupado da Cisjordânia que não tenha uma permissão emitida pelas autoridades israelenses, denunciam neste domingo ONGs locais.

A nova ordem entrará em vigor na próxima terça-feira e sua redação é tão geral que teoricamente permitirá ao Exército israelense deportar todos os habitantes palestinos da Cisjordânia, afirma a ONG israelense "Hamoked", o Centro para a Defesa do Indivíduo.

A Hamoked denuncia junto a outras nove ONGs que a disposição militar não foi anunciada entre a população palestina como seria desejável, o que eleva a suspeita de que, apesar das sérias implicações que traz, as autoridades tentam fazê-la passar de forma secreta para evitar o debate público ou uma eventual revisão judicial.

Em um documento, as ONGs exortaram o Ministério da Defesa a atrasar a entrada em vigor do ordem, que transformará todos os moradores da Cisjordânia em potenciais criminosos que podem ser aprisionados até sete anos ou deportados desse território.

Destinada a impedir as infiltrações no território ocupado, a ordem define todos os residentes palestinos desse território como "infiltrados".

"As ordens mudam a definição de infiltrados, e de fato, se aplicam a todos que se encontrem na Cisjordânia e não tenham uma permissão israelense, embora não defina o que Israel considera como permissão válida", declaram.

A ONG acrescenta que a grande maioria dos habitantes da Cisjordânia, onde moram 2,5 milhões de habitantes, nunca procurará nenhum tipo de permissão para morar ali.

As organizações denunciam que a atual política será empregada inicialmente com os palestinos que se encontram na Cisjordânia e que Israel quer transferí-la para a Faixa de Gaza, apesar do fato de que muitos deles nasceram na Cisjordânia ou se instalaram ali de forma legal.

Também tenta expulsar estrangeiros casados com palestinos da Cisjordânia que estão no exterior, situação que afeta dezenas de milhares pessoas.

"Em todo caso, a definição de infiltrado expõe o indivíduo a penas de entre três e sete anos de prisão e poderia a princípio ser aplicada a qualquer pessoa que o Exército considere, incluindo israelenses e internacionais que estejam presentes na Cisjordânia", assegura o comunicado.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Israel libera embargo em caso de jornalista acusada de espionagem



08/04/2010 - 15h25
GUILA FLINT
de Tel Aviv para a BBC Brasil



A Justiça de Israel suspendeu nesta quinta-feira uma liminar que proibia a publicação pela imprensa israelense de informações sobre o caso de uma jornalista acusada de roubar e expor documentos militares secretos.

A proibição, imposta há quatro meses, foi suspensa após semanas de intensa pressão de órgãos da imprensa do país, que acusavam o governo de censura.

A jornalista Anat Kam, de 23 anos, foi acusada pelo serviço de inteligência interna de Israel, o Shin Bet, de ter roubado, durante seu serviço militar, mais de 2.000 documentos secretos das Forças Armadas de Israel.

Os documentos, segundo especialistas, teriam informações sobre como militares israelenses violaram regras sobre assassinato de militantes.

Kam --que trabalhou como jornalista para o site de notícias Walla-- foi acusada de "espionagem grave", e relatos da imprensa israelense afirmam que ela teria ficado sob prisão domiciliar por quatro meses.

A proibição de divulgação do episódio despertou críticas da imprensa e de juristas locais, que acusaram as autoridades de ferir a liberdade de expressão e o direito do público israelense de receber informação, especialmente devido ao fato de que as informações estavam sendo divulgadas no exterior.

O jornal de maior tiragem de Israel, "Yediot Ahronot", dedicou na última terça-feira uma página inteira a um protesto contra a proibição do governo, publicando um texto totalmente fragmentado e quase ininteligível em que mais de metade das palavras apareciam cobertas por retângulos negros.

O caso foi amplamente divulgado pela imprensa estrangeira, mas a Justiça israelense só permitiu nesta quinta-feira que o público israelense tomasse conhecimento do conteúdo do que ficou conhecido no país como "episódio enigmático".

Continua: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u718081.shtml

sexta-feira, 26 de março de 2010

25/03/2010 - 08h55

Levantamento inédito revela 57 mil imóveis israelenses na Cisjordânia

Um levantamento inédito realizado por um instituto de pesquisa israelense revela que há pelo menos 57.309 imóveis de colonos ou do governo israelenses nos territórios palestinos ocupados na Cisjordânia.

São 32.711 apartamentos, 22.997 casas, 187 shopping centers, 127 sinagogas, 717 instalações industriais, 15 salões de festas, 344 jardins de infância e 211 escolas.

Instituto Macro
Levantamento mostra que há pelo menos 57.309 imóveis de colonos ou do governo israelenses na Cisjordânia ocupada
Levantamento mostra que há pelo menos 57.309 imóveis de colonos ou do governo israelenses em território na Cisjordânia ocupada

Cerca de 500 mil cidadãos israelenses moram em assentamentos nos territórios ocupados, 300 mil deles na Cisjordânia e 200 mil em Jerusalém Oriental, que não foi mapeada.

A pesquisa foi realizada pela instituto de economia política Macro, que usou imagens de satélite pra registrar todos os assentamentos.

Custos

De acordo com o instituto, o custo direto da construção dos assentamentos para o governo de Israel foi de cerca de US$ 17 bilhões --valor que não inclui os gastos com a segurança dos complexos.

De acordo com o diretor do instituto, Robi Nathanson, "a maioria dos assentamentos é atrativa para os israelenses por razões econômicas".

Em entrevista ao site de noticias do jornal "Yediot Ahronot", Nathanson afirmou que "os governos de Israel criaram condições confortáveis para a colonização na Cisjordânia".

Nathanson explicou que os preços dos imóveis na Cisjordânia são "especialmente baixos", e os colonos desfrutam de "vias de acesso confortáveis para as grandes cidades (de Israel) que lhes possibilitam trabalhar dentro das fronteiras do Estado de Israel".

Um apartamento no grande bloco de assentamentos de Gush Etzion, a apenas 15 minutos de Jerusalém, pode custar menos de um quarto de preço de um apartamento semelhante na cidade.

A razão para o custo bem mais baixo dos imóveis nesses locais é o valor do terreno --que é considerado o componente mais caro no custo dos imóveis em Israel, pela alta densidade populacional.

Outra razão para o preço baixo são os amplos subsídios dados pelo governo israelense à construção na Cisjordânia, como parte de uma política de estímulo para que os cidadãos israelenses se mudem para lá.

As estradas asfaltadas que servem os colonos cobrem uma área de 1,02 milhão de metros quadrados.

Barreira

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entre os imóveis estão 32.711 apartamentos, 22.997 casas, 187 shopping, 127 sinagogas, 717 instalações industriais e 15 salões
Entre os imóveis estão 32.711 apartamentos, 22.997 casas, 187 shopping, 127 sinagogas, 717 instalações industriais e 15 salões

Os pesquisadores também afirmam que, desde 2004, o governo de Israel passou a dar preferência à construção de assentamentos que ficam do lado oeste da barreira israelense na Cisjordânia, de acordo com o plano, já manifestado desde o governo do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, de anexar esses territórios a Israel.

Nos últimos seis anos, assentamentos do lado leste da barreira receberam menos investimentos por parte do governo, pois de acordo com a avaliação das lideranças israelenses, esses territórios provavelmente serão devolvidos aos palestinos quando houver um acordo de paz.

A barreira construída por Israel na Cisjordânia, formada por muros e cercas, tem um traçado que atravessa o território palestino, anexando, na prática, cerca de 15% das terras ao lado israelense.

De acordo com o governo israelense a barreira não foi construída para anexar terras, mas sim por razões de segurança e para impedir a entrada de homens-bomba palestinos no território israelense.

O Conselho da Judeia e Samaria, principal organização que representa os colonos, acusou o instituto Macro de ser "um grupo de esquerda não-confiável".

De acordo com porta-vozes do Macro, "trata-se de um instituto acadêmico, apolítico e independente".