quarta-feira, 21 de abril de 2010

Richard Goldstone será banido de cerimônia de neto


O magistrado sul-africano Richard Goldstone não poderá participar da cerimônia de Bar Mitzvá de seu neto.

Goldstone, que é judeu, foi o responsável pela elaboração do relatório de investigações de crimes de guerra ocoridos na última guerra de Israel contra Gaza.

A Federação Sionista Sul-Africana declarou que não irá permitir a presença dele no evento.
A cerimônia religiosa judaica, realizada aos 13 anos para os meninos e aos 12 para as meninas, marca a "maioridade" do judeu diante dos compromissos de sua comunidade, passando a ser responsável por seus atos.

Histórico

Não é a primeira que retaliações deste tipo ocorrem contra judeus.

Em 2007, Ilan Pappé, um historiador judeu-israelense, foi obrigado a deixar Israel. Após emprestar solidariedade aos palestinos e declarar apoio às medidas de boicote à mercadorias israelenses por suas políticas de apartheid, ele passou a ser ameaçado diariamente, o que motivou sua saída do país.

Norman Finkelstein, proeminente cientista político judeu-estadunidense e filho de sobreviventes do Holocausto, foi detido por vinte e quatro horas e posteriormente banido de Israel por dez anos, em maio de 2008. A motivação foram os livros com críticas à Israel. (Mais informações: http://www.guardian.co.uk/world/2008/may/26/israelandthepalestinians.usa )

Em dezembro de 2008, Richard Falk, professor de Direito Internacional judeu-estadunidense e, à época, Relator da Organização das Nações Unidas (ONU), no exercício de seu mandato foi detido por quinze horas em Israel. (Seu relato pode ser lido aqui: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2008/dec/19/israel-palestinian-territories-united-nations )

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