segunda-feira, 23 de março de 2009

Grupos de Direitos Humanos: Forças de Ocupação mataram 16 profissionais de saúde durante operação em Gaza

23/03/2009  

 
Grupos de Direitos Humanos: Forças de Ocupação mataram 16 profissionais de saúde durante operação em 
 
By Amira Hass and Reuters
Fonte:
 
http://www.haaretz.com/hasen/spages/1073191.html


As Forças de Ocupação de Israel não consideraram equipes médicas como titulares de proteção especial garantida de acordo com seus deveres durantes a Operação Cast Lead (Chumbo Fundido) em Gaza, de acordo com um novo relatório da organização Médicos para os Direitos Humanos (Physicians for Human Rights – MDH; http://physiciansforhumanrights.org/), que deverá ser divulgado na segunda-feira.

MDH citou dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que demonstram que 17 profissionais de saúde foram assassinados por fogo israelense durante a ofensiva e outros 25 foram feridos enquanto desempenhavam suas funções.

O texto diz ainda que Israel atacou 34 prédios, incluindo oito hospitais. O relatório levanta questões sobre se os soldados violaram seu próprio código de ética e valores humanitários básicos, quando impediram o tratamento e evacuação dos feridos e atiraram contra equipes de emergência e instalações hospitalares. 

MDH descreveu os incidentes como que “revelando que os militares não apenas não evacuaram as famílias cercadas e feridas, como impediram as equipes médicas de chegarem e prestarem socorro aos atingidos”.

O relatório dos MDH seguindo outros grupos de direitos humanos e palestinos, afirma que a ação israelense de 22 dias no enclave, controlado pelo grupo Hamas, justifica uma investigação por crimes de guerra.

As Forças de Ocupação de Israel disseram que a Suprema Corte ignorou um pedido dos MDH apresentado em 19 de janeiro [2009], um dia depois que a ofensiva foi encerrada, e que as alegações ainda estão sendo investigadas.

“Com a conclusão dos combates, os clamores foram investigados pelo Exército de maneira adequada, assim como outros assuntos, por uma equipe de especialistas”, disse as Forças Armadas de Ocupação em pronunciamento.

“Os apontamentos... ainda não foram concluídos. Quando finalizados, serão apresentados ao público”.

MDH descreveu incidentes em que as Forças de Ocupação de Israel “não permitiram a evacuação e feriram civis que estavam cercados por dias, bem como o tempo em que foram deixados sem água e comida por períodos consideráveis”.

Em sua conclusão, a organização Médicos para os Direitos Humanos (MDH), afirma que “tendo por base os relatórios anteriores, um perigoso e retrógrado movimento pode ser identificado, ignorando e violando significativamente a obrigação de proteger equipes médicas durante operações”.

As forças de ocupação disseram que deram instruídas para “atuar com a máxima atenção para não atingir veículos e instalações médicas”. Acusou ainda o Hamas de “usar metodicamente veículos médicos, instituições e uniformes para camuflar atividade terrorista e, em geral, usou ambulâncias para transportar terroristas e armas.”

Na última semana, veteranos da Guerra em Gaza deram depoimentos dos assassinatos de civis e alegaram que houve um grande descontentamento entre as diferentes patentes.

O Ministro de Defesa Ehud Barak respondeu às acusações repetindo a descrição de que Israel tem o Exército mais ético do mundo. Informou ainda que o advogado-geral do exército ordenou uma investigação sobre os alegados incidentes.

O Centro Palestino para Direitos Humanos (http://www.pchrgaza.org/) indicou que o número de mortes durante a ofensiva são 1.434, sendo 960 civis, 235 combatentes e 239 policiais. Os dados de Israel são diferentes.

Rights group: IDF killed 16 medical workers during Gaza op

23/03/2009

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By Amira Hass and Reuters

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http://www.haaretz.com/hasen/spages/1073191.html


Israel Defense Forces soldiers did not consider medical teams as entitled to receive the special protection granted to them within the framework of their duties during Operation Cast Lead in Gaza, according to a new report by Physicians for Human Rights due to be released on Monday. 

PHR quoted figures issued by the World Health Organization, which showed 16 Palestinian medical personnel were killed by Israeli fire during the offensive and that 25 were wounded while performing their duties. 

It said Israel attacked 34 medical care facilities, including eight hospitals. 

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The report also raises questions of whether IDF soldiers violated the IDF's own ethical code and basic humanitarian values, when they prevented treatment and the evacuation of the wounded and fired at emergency rescue teams and Palestinian medical facilities. 

Physicians for Human Rights-Israel (PHR) described alleged incidents that "reveal that not only did the [military] not evacuate besieged and wounded families, it also prevented Palestinian [medical] teams from reaching the wounded." 

PHR's report followed accusations by other human rights groups and Palestinians that Israel's actions during the 22-day offensive in the Palestinian coastal enclave, controlled by the Islamist Hamas group, warranted war crimes investigations. 

The Israel Defense Forces said the High Court had dismissed a petition PHR lodged on Jan. 19, a day after the offensive ended, and that the allegations were still being investigated. 

"At the conclusion of the fighting, the claims were investigated by the [IDF] in a thorough manner, as were many other issues, in the framework of an expert investigation," the military said in a statement. 

"The findings...have not yet been concluded. When they have been finalized, [they] will be presented to the public." 

PHR described incidents in which it alleged that the IDF "did not allow the evacuation of injured civilians who were besieged for days at a time and left the civilians without food or water for considerable periods." 

In its conclusion, PHR said "on the basis of earlier reports published by PHR-Israel, a dangerous and retrograde trend can be identified of an increasing disregard for the obligation to protect medical personnel during operations." 

The Israeli military said its forces were instructed to "act with the utmost caution in order not to cause harm to medical vehicles and medical facilities". 

It said Hamas fighters had "methodically made use of medical vehicles, facilities and uniforms in order to conceal and camouflage terrorist activity, and in general used ambulances to carry terror activists and weapons." 

Last week, Gaza war veterans gave accounts of the killing of civilians and alleged that there was deep contempt for Palestinians among the ranks. 

Defense Minister Ehud Barak responded to those accusations by repeating Israel's description of its forces as the most moral in the world. The military said its military advocate-general had ordered an investigation into the alleged incidents. 

The Palestinian Center for Human Rights has put the Palestinian death toll during the offensive at 1,434 - 960 civilians, 235 fighters and 239 police. Israeli officials have disputed the figures.