sábado, 23 de maio de 2009

Maioria de não-judeus em Jerusalém vivem abaixo da linha da pobreza

Mais de um terço de famílias em Jerusalém vivem abaixo da linha de pobreza. 
Os dados são do Instituto Jerusalém para Estudos Israelenses, que indicam que no final de 2008 havia 492.400 judeus-israelenses na cidade (65% da população) e 268.400 palestinos (perto de 35%).
No entanto, apesar da maioria judaica, apenas 23% das famílias de população judaica está abaixo da linha da pobreza. No lado árabe são 67% de famílias abaixo da linha de pobreza. 
Entre a população infantil, 48% das crianças judias são consideradas pobres enquanto 74% das não-judias (palestinas) são pobres.


Apesar de considerada ilegal, Israel persiste com a ocupação em Jerusalém que declara sua capital única e indivisível. Israel mantém um continuado processo de expulsão de palestinos da cidade, impedindo-os de adquirir propriedade, ampliar ou mesmo reformar as construições existentes, forçando-os a viver em casas hiper-povoadas. Sob o argumento de combater o terror ou impedir construções ilegais, Israel promove ainda a demolição constante de lares. 
Relatório do Comissariado de Assuntos Humanitários da ONU já pediu o fim das demolições, que considera uma violação ao Direito Internacional. de acordo com o mesmo documento, as casas de 60.000 palestinos (o equivalente a 22,38% da população total) estão sob a ameaça de serem demolidas. A desproporção é tamanha que apenas 13% de Jerusalém Leste/Antiga (a parte árabe-palestina) é considerada zona para construção palestina, enquanto outros 35% e mais a totalidade da de Jerusalém Ocidental é reservada para judeus-israelenses.
Por fim, Israel vem construindo o muro do Apartheid também em Jerusalém, impedindo o movimento de palestinos dentro de sua própria cidade.



Nenhum comentário: