quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Curiosidade Histórica

Em 7 de fevereiro de 1949, o Governo brasileiro reconheceu Israel como Estado. O ato gerou protesto oficial da embaixada egípcia no Brasil. Confira o Relatório do Ministério das Relações Exteriores que trata do assunto (uma página):

RELACOES EXTERIORES 1949, p. 31

domingo, 22 de novembro de 2009

Israel impede a saída de advogados de Direitos Humanos de Gaza

Bruxelas, Bélgica, Novembro de 2009


Israel negou autorização de saída para Hamdi Shaqura, Diretor de Desenvolvimento Democrático do Centro Palestino para Direitos Humanos ( http://www.pchrgaza.org/ ), e a Mahmoud Abu Rahma, Coordenador de Comunicação do Centro Al Mezan para os Direitos Humanos ( http://www.mezan.org/en/ ).

Ambos foram convidados para participar de um evento da União Européia para promoção e defesa dos Direitos Humanos que ocorreu em 16 e 17 de novembro em Talitha Kumi.

As autoridades israelenses negaram autorização alegando que haviam "fundamentos insuficientes para concessão de autorização".

Israel nega ser uma potência ocupante, mas o fato é que sua estrutura de segregação e isolamento é cada vez mais difícil de ser escondida. Com mais esta inconseqüente e brutal decisão, Israel demonstra claramente que Gaza é uma prisão a céu aberto, encarcerando defensores de Direitos Humanos enquanto proíbe a entrada da imprensa.

Fonte:

Cresce desigualdade entre árabes e judeus em Israel, diz relatório

20/11/2009 - 08h41


GUILA FLINT
de Tel Aviv para a BBC Brasil

Um relatório publicado pela ONG israelense Sikui apontou um crescimento da desigualdade entre cidadãos árabes e judeus de Israel nas áreas de saúde, moradia, trabalho e bem-estar social.

O relatório compara o investimento público destinado às duas populações e conclui que, de 2007 a 2008, a diferença em favor da população judaica aumentou em 2,8%.

De acordo com o relatório, em todos os parâmetros sociais, exceto na área da educação, existe uma tendência clara de aumento da desigualdade.

Um dos diretores da Sikui ("Chance", em tradução livre), Ron Gerlitz, disse que "as diferenças são alarmantes e aumentam a cada ano que passa; é necessário agir imediatamente para reduzi-las".

"Se o governo continuar agindo como age agora, as diferenças vão continuar aumentando. Os filhos dos cidadãos árabes crescem em casas mais pobres, suas escolas têm orçamentos menores e eles têm menos chances de estudar em uma universidade, não conseguem bons empregos e assim a pobreza se eterniza."

"Uma discriminação tão gritante não é saudável para a sociedade, a situação é perigosa e explosiva", advertiu Gerlitz.

Assistentes sociais

Na área do bem-estar social, a diferença entre os investimentos nas duas populações é particularmente alta e chega a 50%.

Cada assistentes social que trabalham em cidades árabes atende em média 500 pessoas. Já nas cidades de maioria judaica, o número de atendidos é de 330.

Na área da habitação as diferenças também são significativas. Em 2008 o Ministério da Habitação iniciou 13 vezes mais construções públicas para moradia da população judaica.

Os cidadãos árabes de Israel também sofrem com índices maiores de mortalidade infantil, em comparação com a maioria judaica.

Na população árabe o índice de mortes de recém-nascidos é de oito entre 1.000, já na população judaica o índice é de 3.2.

A única área na qual o relatório registrou uma diminuição das diferenças entre as duas populações é a da educação.

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, no ano de 2008, houve uma ligeira redução das diferenças entre as duas populações. Mas eles afirmam que o nível da educação para os alunos árabes "ainda é muito mais baixo do que para os alunos judeus".

Segundo os pesquisadores, em 2008 houve uma melhora significativa no número de crianças árabes, na faixa etária de 3-4 anos, que foram integradas no sistema de Educação.

Porem, a ONG adverte que houve uma piora significativa no número de alunos árabes que conseguem obter o diploma de conclusão dos estudos secundários, de 49% em 2007 para 32% em 2008.

Tendencioso

O relatório também menciona o baixo número de funcionários estatais na população árabe.
Apenas 6% dos funcionários do Estado são cidadãos árabes, embora eles constituam 20% da população do país.

O diretor-geral do ministério do Bem Estar Social, Nahum Itzkovitz, afirmou que "o relatório da Sikui é tendencioso e apresenta dados incorretos".

"O governo vem fazendo esforços para reduzir as diferenças entre as duas populações e elas estão diminuindo", disse Itzkovitz à rádio estatal israelense.

"Recentemente aumentamos o numero de assistentes sociais para atender a população árabe", acrescentou.

Segundo o advogado Ali Haider, diretor da Sikui, os dados indicam que durante muitos anos os governos de Israel "ignoraram as necessidades da população árabe".


Fonte: Folha Online - http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u655180.shtml

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Empregadores judeu-israelenses preferem não contratar árabes

Empregadores israelenses preferem não contratar árabes, etíopes e haredis (judeus ultra-ortodoxos) - ainda que estes tenham diploma universitário, de acordo com um estudo publicado no dia 11 de novembro de 2009.

Mais de 83% dos empregadores são contra a idéia de contratar um árabe sem diploma universitário, apontou um estudo conduzido pela Academia Kiryat Ono.

58% dos gerentes preferem não contratar bacharéis haredis e outros 53% deles não gostariam de contratar etíopes. A pesquisa identificou que ainda que algumas pessoas dos grupos minoritários sejam contratadas, elas terão chances mínimas de obterem promoções, apesar de qualificações e indíces de sucesso. (...)

O estudo se baseou em uma pesquisa feita com administradores, empregadores e estudantes. Os setores incluíram bancos, mercado financeiro, publicidade, escritórios de advocacia, contabilistas e a imprensa.

O dr. Erez Yaacobi, dr. Amir Paz-Fooks e o pesquisador Moshe Karif questionaram mais de 568 estudantes e dúzias de gerentes de variados setores.



11/11/2009
Study: Israeli employers prefer not to hire Arabs
By Dana Weiler-Polak, Haaretz Correspondent

Israeli employers prefer not to hire Arabs, Ethiopians and Haredis - even those holding at least an undergraduate degree, according to a study published on Monday.

More than 83 percent of employers are repelled by the idea of hiring an Arab without a university degree, found the study conducted by the Kiryat Ono Academy.

Some 58 percent of managers prefer not to hire Haredic academics, and 53 percent of them would rather not hire Ethiopians, the report said. The report elaborated that even if someone from the minority group actually gets hired, their chances of receiving a promotion are slim, despite qualifications and success rates.
(...)

he study was based on research gathered from managers, employers and students on the selective career track. This includes banking, the stock exchange, publicity, law firms, accountancy, and the media.

Dr. Erez Yaacobi, Dr. Amir Paz-Fooks, and researcher Moshe Karif questioned more than 568 students and dozens of managers in the various fields.


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Estudo: empregadores israelenses preferem não contratar árabes


domingo, 8 de novembro de 2009

Militantes da África do Sul: Israel é pior que o apartheid

10/07/2008
Twilight Zone / 'Worse than apartheid'
By Gideon Levy

Mas eles disseram que não há comparação: para eles, o regime de ocupação israelense é pior do que qualquer coisa que eles conheceram sob o apartheid na África do Sul. Esta semana, 21 ativistas de direitos humanos da África do Sul visitaram Israel. Entre eles, membros do Congresso Nacional Africado de Nelson Mandela; ao menos um deles havia tomado parte na luta armada e pelo menos dois já haviam sido presos. Dois outros eram juízes da Suprema Corte da África do Sul, um ex ministro, membros do Parlamento, advogados, escritores e jornalistas. Brancos e negros, metade deles judeus que hoje estão em conflito com as atitudes conservadoras de suas comunidades judaicas. (...)

Igualmente brutal foram os comentários do Editor-Chefe do Sunday Times da África do Sul, Mondli Makhanya, de 38 anos. "Você observa as coisas sabendo que são ruins, mas não sabe o quão ruim elas são. Nada se compara com o mal que testemunhamos aqui [em Israel]. Em um certo sentido, é pior, muito pior, pior do que tudo o que nós sofremos. O nível de apartheid, o racismo e a brutalidade [israelense] são piores do que no pior período do nosso apartheid."

"o regime do apartheid via os negros como inferiores; mas aqui eu não acho que os israelenses vêem os palestinos mesmo como seres humanos. Como pode o cérebro humano elaborar essa separação total, com estradas separadas, com checkpoints?! O que nós sofremos foi terrível, terrível, terrível, e ainda assim não há comparação. Aqui é ainda mais terrível. Lá, nós sabíamos que haveria um fim, mas aqui não há sinal do fim. O fim do túnel é mais escuro que a escuridão" (...).


'Worse than apartheid'



Twilight Zone / 'Worse than apartheid'
By Gideon Levy
(...)
But they said there is no comparison: for them the Israeli occupation regime is worse than anything they knew under apartheid. This week, 21 human rights activists from South Africa visited Israel. Among them were members of Nelson Mandela's African National Congress; at least one of them took part in the armed struggle and at least two were jailed. There were two South African Supreme Court judges, a former deputy minister, members of Parliament, attorneys, writers and journalists. Blacks and whites, about half of them Jews who today are in conflict with attitudes of the conservative Jewish community in their country.
(...)
Equally harsh are the remarks of the editor-in-chief of the Sunday Times of South Africa, Mondli Makhanya, 38. "When you observe from afar you know that things are bad, but you do not know how bad. Nothing can prepare you for the evil we have seen here. In a certain sense, it is worse, worse, worse than everything we endured. The level of the apartheid, the racism and the brutality are worse than the worst period of apartheid.

"The apartheid regime viewed the blacks as inferior; I do not think the Israelis see the Palestinians as human beings at all. How can a human brain engineer this total separation, the separate roads, the checkpoints? What we went through was terrible, terrible, terrible - and yet there is no comparison. Here it is more terrible. We also knew that it would end one day; here there is no end in sight. The end of the tunnel is blacker than black. (...)

Habitação pública? Não se seu parceiro é palestino.


Public housing? Not if your partner is Palestinian
By Dana Weiler-Polack

Obtaining public housing in Israel is no easy task. Now it appears that obtaining public housing when one spouse is a resident of the territories is impossible, thanks to the policy whereby mixed families are completely ineligible for public housing, regardless of their financial situation.


Habitação pública? Não se seu parceiro é palestino.

Obter uma chance no sistema de habitação pública não é tarefa fácil em Israel. Agora, é impossível obter uma casa financiada pelo governo israelense quando um dos esposos é um residente dos territórios, graças à política em que famílias "misturadas" são completamente inelegíveis ao programa, independentemente de sua situação financeira.

Fonte: Haaretz

domingo, 1 de novembro de 2009

Would Israel arrest a Jewish terrorist with only Arab victims? / Iria Israel prender um terrorista judeu que teve apenas vítimas árabes?

02.november.2009
(...)
Investigations by Palestinian-rights advocacy group Yesh Din has found that 90 percent of police investigations of cases in which Israelis are suspected of committing offenses against Palestinians in the West Bank are left unsolved and are closed. In a 2006 case, four settlers were suspected of beating an elderly Palestinian man with a rifle, leaving him unconscious for three weeks - but police didn't check the alibis of two of the suspects, and a third wasn't even questioned.
(...)

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Investigações de um grupo de direitos humanos na Palestina Yesh Din apontou que 90% das investigações policiais em que israelenses são suspeitos de cometerem crimes contra palestinos da Cisjordânia acabam não solucionadas e o caso é encerrado. Em 2006, quatro colonos eram suspeitos de terem agredido com um rifle um idoso palestino, deixando-o inconsciente por 3 semanas - mas a polícia não checou o álibi de dois dos suspeitos e um terceiro não foi nem interrogado.

Fonte:

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mais sobre recursos hídricos

More on water resources:

Report: Palestinians denied water (27/10/2009)

Israel is denying Palestinians access to even the basic minimum of clean, safe water, Amnesty International says.
BBC News

ISRAEL RATIONS PALESTINIANS TO TRICKLE OF WATER (27/10/2009)

Amnesty International has accused Israel of denying Palestinians the right to access adequate water by maintaining total control over the shared water resources and pursuing discriminatory policies.
Fonte: Amnesty International



Texto em espanhol:
http://www.amnesty.org/en/library/asset/MDE15/028/2009/en/6f3f8ac3-0fa6-47ab-bb06-a213510c7e56/mde150282009spa.pdf


BBC News: Relatório: Israel nega água aos palestinos
Anistia Internacional: Israel limita água para palestinos à gotas


Anistia Internacional acusa Israel de negar acesso à água potável aos palestinos

A organização de direitos humanos Anistia Internacional (AI) acusou o governo de Israel de negar aos palestinos o acesso livre à água potável, ao manter um controle total sobre os recursos hídricos compartilhados e seguir políticas discriminatórias.

Em um relatório divulgado nesta quarta-feira, a AI afirma que Israel restringe sem razão a disponibilidade de água nos territórios ocupados da Cisjordânia. No caso da Faixa de Gaza, o bloqueio israelense teria levado o sistema de fornecimento de água e esgoto a um "ponto crítico".

No documento, de 112 páginas, a Anistia sugere que Israel utiliza mais de 80% da água procedente do Aquífero da Montanha, um aquífero subterrâneo partilhado com os palestinos, que, por sua vez, só têm acesso a 20% do total.

Segundo a organização, por essa razão, o consumo médio de água entre os palestinos é de 70 litros por dia, comparados com 300 litros entre os israelenses. A organização ressalta que há casos em que palestinos consomem apenas 20 litros de água por dia - a quantidade mínima recomendada em casos de emergências humanitárias.

Além disso, o documento sugere ainda que cerca de 180 mil palestinos que vivem em áreas rurais não têm acesso à água corrente e o Exército israelense proibiria com frequência a coleta de água da chuva. Em contraste, o relatório destaca que os israelenses que vivem na Cisjordânia possuem grandes fazendas de irrigação, jardins luxuosos e grandes piscinas.

"Israel só permite aos palestinos o acesso a uma parte dos recursos hídricos compartilhados, que se encontra em sua maioria na Cisjordânia ocupada, enquanto os assentamentos israelenses ilegais recebem praticamente provisão ilimitada", explica Donatela Rovera, investigadora sobre Israel da AI.

Governo

Segundo a organização, o governo de Israel proíbe que palestinos perfurem poços e ainda foi responsável pela destruição de cisternas e pelo fechamento de tanques de água.

"A água é uma necessidade básica e um direito, mas para muitos palestinos, obter quantidades baixas e de pouca qualidade apenas para a sobrevivência se tornou um luxo que eles mal conseguem pagar", disse Rovera.

"Israel precisa encerrar essas políticas discriminatórias e imediatamente levantar as restrições que impõe ao acesso à agua entre os palestinos", afirmou a investigadora.

O governo de Israel nega as acusações feitas pela organização e afirmou que o relatório está incorreto.

De acordo com o porta-voz Mark Regev, os palestinos têm mais acesso à água do que o previsto no acordo de Oslo, da década de 90.

Regev acusa ainda os palestinos de não administrarem os recursos hídricos de maneira adequada e rejeitou que o governo tenha proibido a perfuração de poços.


27/10/2009

Fonte: O Globo - http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/10/27/anistia-acusa-israel-de-negar-acesso-agua-potavel-aos-palestinos-914382597.asp


28/10/2009
Amnesty International: Israel curbing water to Palestinians
By Reuters

Human rights group Amnesty International said in a report published Tuesday that Israeli restrictions prevented Palestinians from receiving enough water in the West Bank and Gaza Strip.

The report said Israel's daily water consumption per capita was four times higher than that in the Palestinian territories.

"Water is a basic need and a right, but for many Palestinians obtaining even poor-quality, subsistence-level quantities of water has become a luxury that they can barely afford," said Amnesty official Donatella Rovera. (...)

Amnesty said water consumption in Israel was 300 liters a day per person and 70 liters a day in the West Bank and Gaza Strip.

(...)

http://www.haaretz.com/hasen/spages/1123951.html

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Israel cai no ranking mundial de liberdade de imprensa

ONG Repórteres sem Fronteiras colocou Israel na 93a posição (entre 175 países).

"A ONG Repórteres sem Fronteiras registrou 5 prisões de jornalistas, algumas delas totalmente ilegais e três casos de aprisionamento. A censura militar aplicada a toda imprensa também é uma ameaça aos jornalistas."

"Cerca de 20 jornalistas na Faixa de Gaza foram feridos pelas forças militares de Israel e outros 3 foram mortos durante a cobertura da ofensiva [em Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009]".


Fonte: http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1256037269966&pagename=JPost/JPArticle/ShowFull O relatório completo de 2009 (em inglês) pode ser lido aqui http://www.rsf.org/en-classement1003-2009.html

domingo, 27 de setembro de 2009

27/09/2009
Israel demands PA drop war crimes suit at The Hague
By Amos Harel and Avi Issacharoff, Haaretz Correspondent

Tensions are mounting between Israel and the Palestinian Authority following Ramallah's call on the International Court at The Hague to examine claims of "war crimes" that the IDF allegedly committed during Operation Cast Lead in the Gaza Strip. The issue is already weighing in on the relations between the leadership of Israel's defense and security establishment with their counterparts in the West Bank, and is part of a growing list of Israeli complaints about the behavior of PA officials.

Meanwhile, Israel has warned the Palestinian Authority that it would condition permission for a second cellular telephone provider to operate in the West Bank - an economic issue of critical importance to the PA leadership - on the Palestinians withdrawing their request at the International Court.

(...)
Fonte:
http://haaretz.com/hasen/spages/1117296.html


Extorsão israelense: Israel exige que Autoridade Palestina retire o pedido de investigação feita à Corte Internacional de Justiça contra crimes de guerra cometidos durante a última guerra em Gaza. Caso contrário, Israel não irá autorizar a instalação de uma segunda empresa de telefonia celular nos territórios palestinos ocupados.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sindicatos do Reino Unido aprovam resolução de apoio ao boicote contra Israel

UK trade unions overwhelmingly pass boycott vote


"In a landmark decision, Britain's trade unions have voted overwhelmingly to commit to build a mass boycott movement, disinvestment and sanctions on Israel for a negotiated settlement based on justice for Palestinians.

The motion was passed at the 2009 TUC Annual Congress in Liverpool today (17 September), by unions representing 6.5 million workers across the UK. (...)"

Continua: http://electronicintifada.net/v2/article10781.shtml


Tradução: Em uma decisão histórica, sindicatos britânicos votaram massivamente uma resolução que os compromete à construção de um movimento em massa de boicote, não investimento e sanções contra Israel por uma negociação israelense que seja justa para com os palestinos.

A moçao foi aprovada no Congresso Anual de Sindicatos em Liverpool no dia 17 de setembro, por sindicatos que representam seis mihões e meio de trabalhadores no Reino Unido. (...)

Corte Penal Internacional planeja investigar, processar e julgar oficial do Exército de Israel

24/09/2009

O tenente-coronel israelense David Benjamin pode vir a ser julgado pela Corte Penal Internacional. Embora esteja aposentado, D. Benjamin trabalhou como consultor jurídico das forças armadas de Israel durante a última guerra em Gaza e declarou em uma entrevista que "nós trabalhamos intimamente com o planejamento, incluindo autorizando que alvos poderiam ser atacados, qual material - tudo passou por nós".

A Corte Penal Internacional nunca processou israelenses pois Israel não é signatário do Tratado de Roma, de 2002, que fundou o Tribunal. Desta forma, a Corte não teria jurisdição sobre israelenses. Mas no presente caso, D. Benjamin tem dupla cidadania: uma sul-africana, onde nasceu, e outra israelense, onde mora atualmente. Como a África do Sul é signatária do tratado, a Corte pode julgá-lo.

O responsável pela acusação na Corte Penal Internacional, o argentino Luis Moreno-Ocampo declarou esta semana que está convencido de que o tribunal tem autoridade para julgar D. Benjamin.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Livro escolar israelense é censurado por apresentar versão palestina da Guerra de 1948

22/09/2009

Israeli textbook under review for giving Palestinian version of 'nakba'

By Or Kashti, Haaretz Correspondent - Fonte: Haaretz -
http://haaretz.com/hasen/spages/1116086.html


O livro escolar em hebraico voltado para estudantes da 11a e 12 série, de título "Nacionalismo: construindo um Estado no Oriente Médio" está sendo "revisado" pelo Ministério da Educação por apresentar a perspectiva palestina da Guerra de 1948, chamada de Nakba (Tragédia ou Catástrofe) pelos palestinos (por resultar na expulsão de entre 700.000-800.000 palestinos), mas celebrada como a independência israelense.

O livro, longe de ser parcial, apresenta lado a lado as perspectivas judaico-israelenses e árabe-palestinas e, mesmo assim, está sendo "revisado", por exigência do Ministério da Educação.

Não é a primeira investida israelense contra o direito à memória da Nakba. Em maio de 2009, o partido de Avigdor Lieberman, ministro de relações exteriores de Israel, chamado de Yisrael Beitenu (Israel nosso lar) propôs uma lei banindo a memória dos árabes-israelenses e lembrança do dia como luto (os árabes com cidadania israelense já somam 20% da população de Israel) e punindo com até três anos de prisão aqueles que tomarem partes nestes eventos. A notícia pode ser lida aqui (inglês): http://www.haaretz.com/hasen/spages/1085588.html

Outros materiais relevantes:

KHALIDI, Walid. Plan Dalet: The Zionist Master Plan for the Conquest of Palestine. Middle East Forum, 37(9), 22-28, (November 1961). http://www.jstor.org/pss/2537591

KHALIDI, Walid. Why did the Palestinians left? - http://ipsnewsite.mysite4now.com/enakba/exodus/Khalidi,%20Why%20Did%20the%20Palestinians%20Leave.pdf

MIGUEL, Vinicius Valentin Raduan. Desaparecendo com um país - http://www.socialismo.org.br/portal/internacional/38-artigo/1047-desaparecendo-com-um-pais

MIGUEL, Vinicius Valentin Raduan. A guerra que não terminou - http://www.socialismo.org.br/portal/internacional/38-artigo/937-15-de-maio-de-1948-a-guerra-que-nao-terminou-

MORRIS, Benny. Righteous Victims: A History of the Zionist-Arab Conflict. London: Vintage, 2001.

PAPPE, Ilan. The ethnic cleansing of Palestine. Oxford: Oneworld Publications, 2007.





domingo, 20 de setembro de 2009

Casamentos inter-raciais? Não em Israel!

Sep 18, 2009 3:11 | Updated Sep 18, 2009 8:20
'Protecting' Jewish girls from Arabs

"Protegendo" garotas judias de árabes

Toda noite, um grupo de 35 voluntários judeus-israelenses sai às ruas de Jerusalém para dar conta de um crescente problema: o namoro de mulheres judias com homens árabes. O grupo Eish L'Yahadut (Fogo pelo Judaísmo) tenta desencorajar estas mulheres a terem relacionamentos.

"O nosso objetivo é entrar em contato com essas garotas e explicar para elas os perigos com os quais estão se envolvendo", declarou Moshe (31 anos), um membro do grupo. Ele disse que "nossa missão não é contra os árabes, mas a proteção das mulheres judias".

Fonte:
http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1253198149221&pagename=JPost/JPArticle/ShowFull
Jerusalém Post

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Israel (novamente) acusado de crimes de guerras. Agora por investigação especial da ONU.

O agora relatório da ONU, com 575 páginas e liderado por Richard Goldstone pode ser lido em http://www2.ohchr.org/english/bodies/hrcouncil/specialsession/9/docs/UNFFMGC_Report.pdf

Richard Goldstone é um judeu sul-africano, famoso por ter atuado como advogado e alcançado a posição de juíz na Suprema Corte da África do Sul, bem como sua atuação no ensino, pesquisa e militância em favor dos direitos humanos. Não é a primeira vez que Israel é acusado de crimes de guerra por conta de sua última guerra em Gaza.

Richard Falk, judeu-estadunidense, professor de Direito Internacional e que atualmente é relator especial da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados acusou Israel de crimes de guerra em artigo ao jornal The Nation - http://www.thenation.com/doc/20090112/falk . Em relatório de fevereiro de 2009 para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, Falk criticou severamente Israel pela ilegalidade de sua guerra. Seu relatório pode ser lido aqui http://daccessdds.un.org/doc/UNDOC/GEN/G09/122/19/PDF/G0912219.pdf?OpenElement

A Anistia Internacional (AI) já havia divulgado relatório (2 de julho de 2009) em que denunciava Israel e Hamas por cometerem crimes de guerra. O relatório da AI, intitulado "22 dias de morte e destruição pode ser lido abaixo:

Inglês - http://www.amnesty.org/en/library/asset/MDE15/015/2009/en/8f299083-9a74-4853-860f-0563725e633a/mde150152009en.pdf

Espanhol - http://www.amnesty.org/en/library/asset/MDE15/015/2009/en/ab9d8f04-db54-4bbc-921f-c2f45a84c62c/mde150152009spa.pdf

Outra organização de advocacia de direitos humanos, a Human Rights Watch fez diversos relatórios baseados em investigações em que aponta crimes de guerra cometidos por Israel e pelo Hamas. Violações cometidas por organizações palestinas:

Relatório sobre os danos causados em palestinos por mísseis disparados por organizações militantes palestinas: http://www.hrw.org/sites/default/files/reports/ioptqassam0809webwcover.pdf

Relatório "Chuva de fogo - o uso ilegal de fósforo branco por Israel": http://www.hrw.org/sites/default/files/reports/iopt0309webwcover.pdf

Relatório "Precisamente errados - civis em Gaza mortos por ataques de aviões não tripulados": http://www.hrw.org/sites/default/files/reports/iopt0609webwcover_0.pdf

Relatório "Mortos sob bandeiras brancas - o assassinato de palestinos na Guerra em Gaza": http://www.hrw.org/sites/default/files/reports/ioptwf0809webwcover_1.pdf

17/09/2009

UN report: Gaza water supply on verge of collapse

y Zafrir Rinat, Haaretz Correspondent

Bhttp://haaretz.com/hasen/spages/1115260.html

he water supply in the Gaza Strip is on the very of collapse due to

Tpollution that has been worsened by damage to infrastructure during Operation Cast Lead, according to a United Nations Environment Program report released Tuesday. (...)

aza's population faces severe health problems due to the decline in drinking- water quality, such as the so-called "blue baby syndrome" in which babies' blood is damaged by exposure to nitrate compounds in waste. The babies become cyanotic, which causes their skin to take on a blue tinge, and to suffer from respiratory and intestinal problems.

G---
Relatório da ONU: fontes de água em Gaza a beira do colapso

s fontes de água em Gaza estão a beira do colapso devido à poluição, situação que foi agravada pelos danos à infraestrutura da região durante a Operação Cast Lead, de acordo com o Programa Ambiental da ONU, em relatório divulgado terça-feira.

A
..) A população de Gaza enfrenta severos problemas de saúde devido ao declínio da situação de água potável, como a chamada "síndrome do bebê azul", que causa danos ao sangue de bebês que se tornam cianóticos (uma coloração azul da pele e mucosas devido à problemas de oxigenação no sangue) em decorrência da exposição a compostos de nitrato no lixo. Os bebês, cianóticos, tem a pele tomada por uma azul e sofrem de problemas respiratórios e intestinais.
(
.

Missão da ONU acusa Israel de castigar população da faixa de Gaza

da Folha Online

15/09/2009 - 13h21

Uma comissão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) acusou Israel de ter cometido crimes de guerra na grande operação lançada pelo Estado no território palestino da faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro passados. O documento traz diversas denúncias contra militares israelenses, porém pondera que o lançamento de foguetes pelos insurgentes palestinos --que motivaram a operação, segundo o governo de Israel-- também configura crime de guerra.

Leia a íntegra do relatório da ONU (em inglês)

O relatório, apresentado em Nova York pelo juiz sul-africano Richard Goldstone, o presidente da missão de quatro pessoas que foi encarregada da investigação, afirma que a operação da Israel foi contra "o povo de Gaza em conjunto" e seguiu "uma política de castigo".

"Israel não adotou as precauções requeridas pelo direito internacional para limitar o número de civis mortos ou feridos nem os dados materiais", acrescentou. O documento afirma que o disparo de fósforo branco --que causa queimaduras severas e problemas respiratórios- e o uso de artilharia altamente explosiva foram violações à lei humanitária.

Ali Ali/Efe
Meninos palestinos caminham entre escombros de edifício destruído na ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza
Meninos palestinos caminham entre escombros de edifício destruído na ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza

No seu levantamento, os funcionários da ONU observam ainda que os militares israelenses usaram 'a força de maneira desproporcional' contra civis palestinos, com o bombardeio de armazéns de alimentos, zonas residenciais, fábricas e equipamento de tratamento de água. "Pelos fatos analisados, a missão acha que essas destruições tinham como objetivo negar a subsistência da população civil."

Como exemplos a missão cita um ataque à localidade de Zeitoun, no sul da Cidade de Gaza, contra um imóvel no qual os próprios soldados israelenses tinham colocado civis palestinos e outros sete casos de civis palestinos baleados ao deixar as suas casas correndo em busca de abrigo. Essas vítimas, ainda segundo o relatório, frequentemente levavam bandeiras brancas e, às vezes, agiram sob instrução dos israelenses.

O relatório traz o testemunho de um oficial de inteligência palestino, de 39 anos, segundo o qual ele foi obrigado a andar à frente dos militares israelenses enquanto eles revistavam sua casa e a ficar de cuecas na frente dos soldados ao lado do filho, que foi obrigado a ficar nu.

"Se levarmos em conta o planejamento que ocorreu e o uso da melhor tecnologia disponível para executar esses planos, além da declaração do Exército israelense de que não existiram erros, a missão conclui que os incidentes e os padrões de conduta analisados no relatório são o resultado de decisões políticas deliberadas", acusa a missão da ONU.

O texto --que possui 575 páginas-- afirma que Israel "cometeu crimes de guerra e, possivelmente, contra a humanidade", mas também afirma existirem provas de que os grupos armados palestinos cometeram esses mesmos crimes ao disparar foguetes contra as cidades do sul de Israel sem distinguir entre alvos civis e militares.

Quase 1.400 palestinos e 13 israelenses morreram durante os enfrentamentos, entre 28 de dezembro de 2008 e 18 de janeiro, quando Israel invadiu Gaza com o argumento de tentar deter o lançamento de mísseis, por parte do Hamas, contra seu território.

Outro lado

O governo de Israel, que se recusou a colaborar com a investigação da ONU, criticou o que considera uma predisposição da missão a atacar o Estado hebraico, mas afirmou que "lerá todo o relatório com cuidado".

"O mandato da missão e a resolução que a estabeleceu previram o resultado de qualquer investigação; deu legitimidade à organização terrorista do Hamas e desconsiderou a tática deliberada do Hamas de usar civis palestinos para encobrir ataques terroristas", afirmou o Ministério de Relações Exteriores de Israel, em comunicado enviado à missão israelense situada na ONU de Genebra.

O comunicado ressalta que Israel já examinou mais de cem denúncias de más condutas das forças durante a operação em Gaza e que elas já resultaram em 23 investigações criminais.

Com Efe, France Presse e Associated Press


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u624207.shtml