Por Jonathan Lis, do Haaretz.
A Comissão de Constituição e Legislação do Parlamento de Israel (Knesset) teve um debate no dia 22/12/2009 em torno de dois projetos de leis que permitirão comunidades israelenses de "selecionar" os seus residentes.
As propostas de lei surgem entre a controvérsia em que comunidades judaicas do norte recusaram a entrada de árabes-israelenses para morarem nessas cidades.
As leis foram apresentadas pelos parlamentares Israel Hasson e Shai Hermesh, ambos do partido Kadima (partido político declarado de centro, fundado por Ariel Sharon) e o presidente da Comissão de Constituição, o deputado David Rotem, do partido Yisrael Beiteinu (Israel é nosso lar, partido de extrema-direita). A lei foi proposta após uma declaração do Alto Tribunal de Israel de que comitês para selecionarem habitantes são ilegais.
O parlamentar árabe-israelense Ahmed Tibi (também presidente do partido Ta'al, Movimento Árabe para Renovação) condenou as leis que já foram preliminarmente aprovadas. Ele declarou que as leis permitirão uma prática sistemática de racismo: "O racismo está sendo aprovado. Há um fluxo de leis racistas; vocês sequer se envergonham."
Ele afirmou que "[Israel] é um país judeu e democrático: democrático para os judeus e judeu para os árabes". Ahmed Tibi conclui apontando que se a declaração de independência israelense fosse ser votada hoje, não seria aprovada.
Os projetos de leis permitirão que assentamentos e comunidades, como moshavim, desqualifiquem candidatos sob o fundamento de "status econômico" ou "incompatibilidade com o estilo de vida da comunidade". O debate rapidamente evoluiu para o fato de que comitês internos terão habilidade de impedir que árabes-israelenses comprem terras ou construam casas se assim for decidido por esses grupos.
Fonte: Haaretz - http://www.haaretz.com/hasen/spages/1136867.html
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