sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

31/12/2009 - 12h57

Prefeito de Jerusalém diz que críticas não frearão as construções


O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, disse ontem (30) que as críticas dos Estados Unidos não terão nenhum impacto na ordem para construir novas casas na parte oriental da cidade. Para o prefeito, a exigência de que as obras parem "não seria legal em nenhum país do mundo".

Recentemente, o Ministério de Habitação de Israel lançou licitação pública para a construção de 700 casas para colonos na parte oriental da cidade, ocupada em 1967 na Guerra dos Seis Dias e anexada posteriormente por Israel, que considera a cidade "indivisível". Em novembro, Israel já havia anunciado a construção de 900 casas em Gilo, ao sul de Jerusalém.

Foi em visita a Gilo, acompanhado do jornal israelense "Ha'aretz", que o prefeito falou sobre a suposta inocuidade da exigência americana.

Para os EUA e boa parte da comunidade internacional, a expansão de colônias judaicas em territórios palestinos ocupados em 1967 é um dos principais obstáculos para a retomada das negociações da paz. Os palestinos acusam Israel de buscar, com essas obras, inviabilizar a construção de um Estado palestino anexo, com Jerusalém Oriental como capital.

Cerca de 300 mil colonos vivem atualmente na Cisjordânia, além de 180 mil judeus israelenses que vivem em Jerusalém Oriental.

Na segunda-feira (28), o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, manifestou a oposição do governo à construção de novos assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, com maioria árabe. "O status de Jerusalém deve ser resolvido pelas partes diante das negociações e com o apoio da comunidade internacional", afirmou Gibbs em uma declaração por escrito.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, declarou no mês passado uma moratória de dez meses na construção de novas casas para colonos na Cisjordânia, mas a pausa não incluiu prédios públicos, casas cujos alicerces já foram colocados, nem Jerusalém Oriental.

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