quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Curiosidade Histórica

Em 7 de fevereiro de 1949, o Governo brasileiro reconheceu Israel como Estado. O ato gerou protesto oficial da embaixada egípcia no Brasil. Confira o Relatório do Ministério das Relações Exteriores que trata do assunto (uma página):

RELACOES EXTERIORES 1949, p. 31

domingo, 22 de novembro de 2009

Israel impede a saída de advogados de Direitos Humanos de Gaza

Bruxelas, Bélgica, Novembro de 2009


Israel negou autorização de saída para Hamdi Shaqura, Diretor de Desenvolvimento Democrático do Centro Palestino para Direitos Humanos ( http://www.pchrgaza.org/ ), e a Mahmoud Abu Rahma, Coordenador de Comunicação do Centro Al Mezan para os Direitos Humanos ( http://www.mezan.org/en/ ).

Ambos foram convidados para participar de um evento da União Européia para promoção e defesa dos Direitos Humanos que ocorreu em 16 e 17 de novembro em Talitha Kumi.

As autoridades israelenses negaram autorização alegando que haviam "fundamentos insuficientes para concessão de autorização".

Israel nega ser uma potência ocupante, mas o fato é que sua estrutura de segregação e isolamento é cada vez mais difícil de ser escondida. Com mais esta inconseqüente e brutal decisão, Israel demonstra claramente que Gaza é uma prisão a céu aberto, encarcerando defensores de Direitos Humanos enquanto proíbe a entrada da imprensa.

Fonte:

Cresce desigualdade entre árabes e judeus em Israel, diz relatório

20/11/2009 - 08h41


GUILA FLINT
de Tel Aviv para a BBC Brasil

Um relatório publicado pela ONG israelense Sikui apontou um crescimento da desigualdade entre cidadãos árabes e judeus de Israel nas áreas de saúde, moradia, trabalho e bem-estar social.

O relatório compara o investimento público destinado às duas populações e conclui que, de 2007 a 2008, a diferença em favor da população judaica aumentou em 2,8%.

De acordo com o relatório, em todos os parâmetros sociais, exceto na área da educação, existe uma tendência clara de aumento da desigualdade.

Um dos diretores da Sikui ("Chance", em tradução livre), Ron Gerlitz, disse que "as diferenças são alarmantes e aumentam a cada ano que passa; é necessário agir imediatamente para reduzi-las".

"Se o governo continuar agindo como age agora, as diferenças vão continuar aumentando. Os filhos dos cidadãos árabes crescem em casas mais pobres, suas escolas têm orçamentos menores e eles têm menos chances de estudar em uma universidade, não conseguem bons empregos e assim a pobreza se eterniza."

"Uma discriminação tão gritante não é saudável para a sociedade, a situação é perigosa e explosiva", advertiu Gerlitz.

Assistentes sociais

Na área do bem-estar social, a diferença entre os investimentos nas duas populações é particularmente alta e chega a 50%.

Cada assistentes social que trabalham em cidades árabes atende em média 500 pessoas. Já nas cidades de maioria judaica, o número de atendidos é de 330.

Na área da habitação as diferenças também são significativas. Em 2008 o Ministério da Habitação iniciou 13 vezes mais construções públicas para moradia da população judaica.

Os cidadãos árabes de Israel também sofrem com índices maiores de mortalidade infantil, em comparação com a maioria judaica.

Na população árabe o índice de mortes de recém-nascidos é de oito entre 1.000, já na população judaica o índice é de 3.2.

A única área na qual o relatório registrou uma diminuição das diferenças entre as duas populações é a da educação.

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, no ano de 2008, houve uma ligeira redução das diferenças entre as duas populações. Mas eles afirmam que o nível da educação para os alunos árabes "ainda é muito mais baixo do que para os alunos judeus".

Segundo os pesquisadores, em 2008 houve uma melhora significativa no número de crianças árabes, na faixa etária de 3-4 anos, que foram integradas no sistema de Educação.

Porem, a ONG adverte que houve uma piora significativa no número de alunos árabes que conseguem obter o diploma de conclusão dos estudos secundários, de 49% em 2007 para 32% em 2008.

Tendencioso

O relatório também menciona o baixo número de funcionários estatais na população árabe.
Apenas 6% dos funcionários do Estado são cidadãos árabes, embora eles constituam 20% da população do país.

O diretor-geral do ministério do Bem Estar Social, Nahum Itzkovitz, afirmou que "o relatório da Sikui é tendencioso e apresenta dados incorretos".

"O governo vem fazendo esforços para reduzir as diferenças entre as duas populações e elas estão diminuindo", disse Itzkovitz à rádio estatal israelense.

"Recentemente aumentamos o numero de assistentes sociais para atender a população árabe", acrescentou.

Segundo o advogado Ali Haider, diretor da Sikui, os dados indicam que durante muitos anos os governos de Israel "ignoraram as necessidades da população árabe".


Fonte: Folha Online - http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u655180.shtml

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Empregadores judeu-israelenses preferem não contratar árabes

Empregadores israelenses preferem não contratar árabes, etíopes e haredis (judeus ultra-ortodoxos) - ainda que estes tenham diploma universitário, de acordo com um estudo publicado no dia 11 de novembro de 2009.

Mais de 83% dos empregadores são contra a idéia de contratar um árabe sem diploma universitário, apontou um estudo conduzido pela Academia Kiryat Ono.

58% dos gerentes preferem não contratar bacharéis haredis e outros 53% deles não gostariam de contratar etíopes. A pesquisa identificou que ainda que algumas pessoas dos grupos minoritários sejam contratadas, elas terão chances mínimas de obterem promoções, apesar de qualificações e indíces de sucesso. (...)

O estudo se baseou em uma pesquisa feita com administradores, empregadores e estudantes. Os setores incluíram bancos, mercado financeiro, publicidade, escritórios de advocacia, contabilistas e a imprensa.

O dr. Erez Yaacobi, dr. Amir Paz-Fooks e o pesquisador Moshe Karif questionaram mais de 568 estudantes e dúzias de gerentes de variados setores.



11/11/2009
Study: Israeli employers prefer not to hire Arabs
By Dana Weiler-Polak, Haaretz Correspondent

Israeli employers prefer not to hire Arabs, Ethiopians and Haredis - even those holding at least an undergraduate degree, according to a study published on Monday.

More than 83 percent of employers are repelled by the idea of hiring an Arab without a university degree, found the study conducted by the Kiryat Ono Academy.

Some 58 percent of managers prefer not to hire Haredic academics, and 53 percent of them would rather not hire Ethiopians, the report said. The report elaborated that even if someone from the minority group actually gets hired, their chances of receiving a promotion are slim, despite qualifications and success rates.
(...)

he study was based on research gathered from managers, employers and students on the selective career track. This includes banking, the stock exchange, publicity, law firms, accountancy, and the media.

Dr. Erez Yaacobi, Dr. Amir Paz-Fooks, and researcher Moshe Karif questioned more than 568 students and dozens of managers in the various fields.


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Estudo: empregadores israelenses preferem não contratar árabes


domingo, 8 de novembro de 2009

Militantes da África do Sul: Israel é pior que o apartheid

10/07/2008
Twilight Zone / 'Worse than apartheid'
By Gideon Levy

Mas eles disseram que não há comparação: para eles, o regime de ocupação israelense é pior do que qualquer coisa que eles conheceram sob o apartheid na África do Sul. Esta semana, 21 ativistas de direitos humanos da África do Sul visitaram Israel. Entre eles, membros do Congresso Nacional Africado de Nelson Mandela; ao menos um deles havia tomado parte na luta armada e pelo menos dois já haviam sido presos. Dois outros eram juízes da Suprema Corte da África do Sul, um ex ministro, membros do Parlamento, advogados, escritores e jornalistas. Brancos e negros, metade deles judeus que hoje estão em conflito com as atitudes conservadoras de suas comunidades judaicas. (...)

Igualmente brutal foram os comentários do Editor-Chefe do Sunday Times da África do Sul, Mondli Makhanya, de 38 anos. "Você observa as coisas sabendo que são ruins, mas não sabe o quão ruim elas são. Nada se compara com o mal que testemunhamos aqui [em Israel]. Em um certo sentido, é pior, muito pior, pior do que tudo o que nós sofremos. O nível de apartheid, o racismo e a brutalidade [israelense] são piores do que no pior período do nosso apartheid."

"o regime do apartheid via os negros como inferiores; mas aqui eu não acho que os israelenses vêem os palestinos mesmo como seres humanos. Como pode o cérebro humano elaborar essa separação total, com estradas separadas, com checkpoints?! O que nós sofremos foi terrível, terrível, terrível, e ainda assim não há comparação. Aqui é ainda mais terrível. Lá, nós sabíamos que haveria um fim, mas aqui não há sinal do fim. O fim do túnel é mais escuro que a escuridão" (...).


'Worse than apartheid'



Twilight Zone / 'Worse than apartheid'
By Gideon Levy
(...)
But they said there is no comparison: for them the Israeli occupation regime is worse than anything they knew under apartheid. This week, 21 human rights activists from South Africa visited Israel. Among them were members of Nelson Mandela's African National Congress; at least one of them took part in the armed struggle and at least two were jailed. There were two South African Supreme Court judges, a former deputy minister, members of Parliament, attorneys, writers and journalists. Blacks and whites, about half of them Jews who today are in conflict with attitudes of the conservative Jewish community in their country.
(...)
Equally harsh are the remarks of the editor-in-chief of the Sunday Times of South Africa, Mondli Makhanya, 38. "When you observe from afar you know that things are bad, but you do not know how bad. Nothing can prepare you for the evil we have seen here. In a certain sense, it is worse, worse, worse than everything we endured. The level of the apartheid, the racism and the brutality are worse than the worst period of apartheid.

"The apartheid regime viewed the blacks as inferior; I do not think the Israelis see the Palestinians as human beings at all. How can a human brain engineer this total separation, the separate roads, the checkpoints? What we went through was terrible, terrible, terrible - and yet there is no comparison. Here it is more terrible. We also knew that it would end one day; here there is no end in sight. The end of the tunnel is blacker than black. (...)

Habitação pública? Não se seu parceiro é palestino.


Public housing? Not if your partner is Palestinian
By Dana Weiler-Polack

Obtaining public housing in Israel is no easy task. Now it appears that obtaining public housing when one spouse is a resident of the territories is impossible, thanks to the policy whereby mixed families are completely ineligible for public housing, regardless of their financial situation.


Habitação pública? Não se seu parceiro é palestino.

Obter uma chance no sistema de habitação pública não é tarefa fácil em Israel. Agora, é impossível obter uma casa financiada pelo governo israelense quando um dos esposos é um residente dos territórios, graças à política em que famílias "misturadas" são completamente inelegíveis ao programa, independentemente de sua situação financeira.

Fonte: Haaretz

domingo, 1 de novembro de 2009

Would Israel arrest a Jewish terrorist with only Arab victims? / Iria Israel prender um terrorista judeu que teve apenas vítimas árabes?

02.november.2009
(...)
Investigations by Palestinian-rights advocacy group Yesh Din has found that 90 percent of police investigations of cases in which Israelis are suspected of committing offenses against Palestinians in the West Bank are left unsolved and are closed. In a 2006 case, four settlers were suspected of beating an elderly Palestinian man with a rifle, leaving him unconscious for three weeks - but police didn't check the alibis of two of the suspects, and a third wasn't even questioned.
(...)

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Investigações de um grupo de direitos humanos na Palestina Yesh Din apontou que 90% das investigações policiais em que israelenses são suspeitos de cometerem crimes contra palestinos da Cisjordânia acabam não solucionadas e o caso é encerrado. Em 2006, quatro colonos eram suspeitos de terem agredido com um rifle um idoso palestino, deixando-o inconsciente por 3 semanas - mas a polícia não checou o álibi de dois dos suspeitos e um terceiro não foi nem interrogado.

Fonte: