segunda-feira, 14 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
The New Pirates: Reflections on the Unjustifiable Attack on the "Freedom Flotilla"
The New Pirates: Reflections on the Unjustifiable Attack on the "Freedom Flotilla"
http://english.pravda.ru/opinion/columnists/10-06-2010/113755-new_pirates_attack_on_freedom_f-0
St. Augustine tells the story of a pirate captured by Alexander the Great, who asked, "How dare you molest the sea?" "And how dare you defy the whole world?," replied the pirate. "For to do so with only one small ship, I am called a thief, but you, that makes in the oceans, is called the emperor." - Chomsky, 2006
From a thief to a nobleman: This is our difference, O best of princes: I conquer some coins, you steal the provinces - Victor Hugo, French writer.
How is it possible to understand the Israeli policies of ethnic-religious segregation without alluding to the hideous system of apartheid in South Africa? How to characterize the systematic discrimination against the minority Palestinians in the Arab-Israeli conflict if not as segregationism?
How to ignore the parallel between the process of territorial expropriation of the colonial era, which occurred in Latin America and Africa, and the expulsion of the Palestinian people? How to define the long and brutal Israeli siege on Gaza - preventing the entry of food, medicines and materials for reconstruction - but to transform the region into a ghetto?
And what was the attack on the ghetto of Gaza (December 2008/January 2009) if not a pogrom? How do they justify indiscriminate attacks on the Palestinian civilian population, but imbuing themselves with a pretence civilisatrice mission that, simultaneously, supports the war crime of the Israeli F-16 whilst blames the civilians to their own deaths?
How are six decades of military occupation and colonialism acceptable? How to ignore the interaction of these above stated chapters of the Palestinian drama and not figure out a pattern of repeated crimes against humanity?
The siege of Gaza, imposed since 2007, is criminal. Israel has been blocking the entry of food, medicines and commodities, fuel and electricity for three years which clearly violates the principle of distinction between civilians and combatants. The measure results in a grotesque spectacle: the entire population is forced to watch the hunger, poverty and death of their loved ones.
It should be noted that the people of Gaza are imprisoned and cannot leave the place. They have been left trapped in a total war zone, forced to accept collective suffering and imposed by the occupying power.
Preventing the delivery of humanitarian aid is not an exercise of Israeli sovereignty - is a show of aggression without ethical boundaries. It demonstrates that Israel has chosen confrontation and violence, even against civilians and international observers.
Attacking ships - whether they are carrying humanitarian aid or not - is piracy. Killing people is murder. Doing it in an attempt to discourage international support for the Palestinian cause is state terrorism.
References: Chomsky, Noam. Pirates and Emperors, Old and Modern. - Rio de Janeiro: Bertrand Brazil, 2006.
Vinicius Valentin Raduan Miguel is a social scientist (Universidade Federal de Rondônia) and Master of Human Rights and International Politics "(University of Glasgow).
Translated from the Portuguese version by Lisa KARPOVA - PRAVDA.Ru / Reviewed by the Apartheid in Palestine Blog
Sindicatos noruegueses devem bloquear navios israelenses durante 2 semanas
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Mesquita é vandalizada por judeus-israelenses
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Os novos corsários...
Os novos corsários: reflexões sobre o injustificável ataque à “Frota da Liberdade”
Vinicius Valentin Raduan Miguel *
Santo Agostinho conta a história de um pirata capturado por Alexandre, o Grande, que lhe perguntou: “Como você ousa molestar o mar?”. “E como você ousa desafiar o mundo inteiro?”, replicou o pirata. “Pois, por fazer isso apenas com um pequeno navio, sou chamado de ladrão; mas você, que o faz com uma marinha enorme, é chamado de imperador." - Chomsky, 2006
De um ladrão para um nobre: Tal é nossa diferença, ó melhor dos príncipes: Eu conquisto algumas moedas; tu roubas as províncias - Victor Hugo, escritor francês.
De que forma é possível compreender as políticas israelenses de segregação étnico-religiosa sem fazer alusão ao hediondo sistema de apartheid sul-africano? Como caracterizar a discriminação sistemática contra a minoria palestina e árabe-israelense, senão como segregacionismo?
Como não traçar um paralelo entre o processo de expropriação territorial da era colonial, ocorrida na América Latina e na África, e a expulsão do povo palestino? Como definir o longo e brutal cerco israelense à Gaza – impedindo a entrada de alimentos, medicamentos e de material para a reconstrução – senão a transformação da região em um ghetto?
E o que foi o ataque ao ghetto de Gaza (dezembro de 2008/janeiro de 2009) senão um pogrom? Como justificar os ataques indiscriminados à população civil palestina, senão imbuindo-se de uma pretensa mission civilisatrice que, simultaneamente, abona o crime de guerra dos caças F-16 israelenses e inculpa, de forma totalizante, os civis mortos em terra pela própria morte?
Como aceitar seis décadas de ocupação militar e colonialismo? Como ignorar o entrelaçamento desses sobrerreferidos capítulos do drama palestino e não perceber um quadro de iterados crimes contra a humanidade?
O cerco à Gaza, imposto desde 2007, é criminoso. Obstruir a entrada de alimentos, medicamentos e mercadorias, combustível e eletricidade por três anos viola o princípio da distinção entre civis e combatentes. A medida provoca um espetáculo grotesco: a população inteira é obrigada a assistir a fome, a pobreza e a morte dos seus entes queridos.
Registre-se que o povo de Gaza está encarcerado, não podendo sair do local. Resta-lhes, confinados em uma zona de guerra total, aceitar o sofrimento coletivo cominado pela potência ocupante.
Impedir a chegada de ajuda humanitária não é um exercício da soberania israelense – é uma mostra da agressividade sem lindes éticos. Denota a opção de Israel pelo confronto e pela violência, ainda que contra civis e observadores internacionais.
Atacar navios – estejam eles levando ajuda humanitária ou não - é pirataria. Matar pessoas é assassinato. Fazê-lo na tentativa de desencorajar o apoio internacional à causa palestina é terrorismo de Estado.
Referências
CHOMSKY, Noam. Piratas e Imperadores, Antigos e Modernos. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
* Vinicius Valentin Raduan Miguel é cientista social (Universidade Federal de Rondônia) e mestre em “Direitos Humanos e Política Internacional” (Universidade de Glasgow).
Republicação de:
http://www.ecodebate.com.br/2010/06/02/